Ontem em contexto de avaliação práctica, em espaço de alguns minutos em que entrei na aula com a disposição de colocar em prática os conteúdos que aprendi nas aulas de primeiros socorros, desvaneceu-se quando olhei para a situação com outros olhos. Nunca me tinha consciencializado daquela forma, do meu dever cívico de socorrer alguém e saber como fazê-lo. Transpus-me realmente naquela situação e sem querer meti em causa o meu sucesso na avaliação, no momento em que perguntei alto mas ao mesmo tempo era para mim, "será que já pedi ajuda?".
Não porque não sabia que o teria fazer mas sim porque a verdade é que na hora do pânico, a insegurança pode levar-nos aquela questão, será que ja fiz? será que estou a proceder correctamente..?.
Naquele momento para mim não estava apenas a exemplicar os passos à enfermeira, mas sim a viver o sufoco... parecia um estado de trance interminável, pelo menos só passou quando ouvi a sua voz: -Célia mexeu-se!..
Nesse momento acordei para a vida, como assim dizendo e vi que tinha interiorizado demais, podia ter sido a catastrofe total se o facto de ter-me desligado do sufoco, tivesse bloqueado os conteúdos que tanto cantarolei vezes sem conta, como um nenuco com a pilha estragada.
Apercebi-me que a partir daquele momento como cidadã sou responsável em actuar em caso de emergência.. e será que serei competente, antes era mais fácil lidar com a ignorância de não saber agir do que saber agir e não ter a segurança no que se faz e esse é o meu medo, sei que vou ultrapassá-los mas é importante partilhar estes medos, nem que seja para identificá-los.
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